Maior ambição

As alterações climáticas ocorridas nas últimas décadas, nomeadamente a escassez de água, gerada pela seca, constituem sérias preocupações e a sua resolução a todos mobiliza.

Um ano após o acordo de Paris, António Guterres, na abertura da Conferência das Nações Unidas, sobre alterações climáticas (COP23), que aconteceu a 15 de novembro passado, em Bona, na Alemanha, defendia: “Precisamos de fazer mais nestas cinco áreas: emissões, adaptação, finanças, parcerias, lideranças”, sublinhando que as alterações climáticas são o “desafio que define” a nossa época e que um aumento de ambição é um ‘dever’ de todos”. Estes apelos de alcance mundial, são alertas fundamentais, mas sobretudo a nível europeu, esbarram, muitas vezes, com a cultura do ‘descarte’ que persiste em usar e abusar dos recursos existentes.

A educação e a humanização dos indivíduos, acontecem desde tenra idade. Talvez haja aqui um apelo/desafio a reconhecer o valor social da família e o seu papel determinante e único no desenvolvimento da pessoa. Uma mudança de atitude, reclama que a família volte a ser paradigma na educação e na formação das jovens gerações, fomentando, numa perspetiva mais experiencial que normativa, a consistência social através de normas, especialmente das éticas, que são aquelas que melhor estruturam o ser humano.

Reconhecendo este papel central à família, o Papa Francisco, na Encíclica Laudato Si, faz esta afirmação: “Na família cultivam-se os primeiros hábitos de amor, de cuidado da vida, como, por exemplo o uso correto das coisas, a ordem e a limpeza, o respeito pelo ecossistema local e a proteção de todas a criaturas. A família é o lugar da formação integral, onde se desenvolvem os distintos aspetos, intimamente relacionados entre si, do amadurecimento pessoal” (cf. nº 213).

A experiência demonstra quanto importante é o papel de uma família que vive coerentemente as normas morais, proporcionando que o homem que nasce se forme nelas e empreenda, sem dúvidas nem ambiguidades, o caminho do bem, inscrito desde sempre no seu coração.

Maria Vieira 

Partilhar:

Facebook
Twitter
Pinterest
LinkedIn
Relacionado

Outras Notícias

E depois da pandemia?

“A sociedade está cansada e não tem tempo”, afirma Cristiana Moreira numa reflexão sobre a empatia, ou a falta dela, num tempo em que as vidas voltaram a ser “engolidas pela rotina”.

Ler Mais >>

«Alegres na esperança» (Rm 12, 12)

A caminho do Jubileu de 2025, a esperança torna-se o fio condutor da mensagem do Papa Francisco para a XXXVIII Jornada Mundial da Juventude, que se celebra a 26 de novembro, Solenidade de Cristo-Rei.

Ler Mais >>

Haverá anos letivos tranquilos?

Um olhar pelo passado para constatar que a instabilidade do presente não é algo novo. E em matéria de educação, mais do que lamentar a “instabilidade ” do arranque de mais um ano letivo, há que transmitir “serenidade e confiança às crianças e aos jovens”. O artigo de Jorge Cotovio na edição de novembro do Jornal da Família.

Ler Mais >>

Alarme para defender a vida na Terra

Estamos a chegar ao “ponto de rutura” escreve o Papa Francisco na Exortação ‘Laudate Deum’. Octávio Morgadinho traça no artigo deste mês as linhas gerais do novo documento papal que deixa o alerta: “um ser humano que pretenda tomar o lugar de Deus torna-se o pior inimigo de si mesmo”.

Ler Mais >>

Se queres a paz, prepara-te para a paz

Perante um mundo que nos é apresentado com “horrorosas imagens da guerra”, Juan Ambrosio acredita que “o mundo e a existência” continuam a ser “sustentados pelo amor e pela bondade”. E a chave para a paz reside na educação.

Ler Mais >>

Eslovénia, o dom da natureza

O Lago de Bled é um lugar rodeado de silêncio e de natureza onde se encontra o Santuário de Nossa Senhora da Assunção, ponto de encontro das famílias que ali peregrinam ao fim de semana. Fica na Eslovénia e encantou Cristiano Cirillo que fez dele o mote para a crónica da rubrica “A beleza da espiritualidade em viagem”.

Ler Mais >>