O coração é a fonte da Vida, mas se está ‘habitado’ por contradições, confusões e dúvidas, pode tornar-se fonte de morte. O coração e a mente humana, protegem-se mediante uma educação e formação cuidadas, que proporcionem e promovam um processo de crescimento nas diferentes dimensões; um processo que à gratificação imediata dos primeiros tempos, saiba introduzir, gradualmente, também a frustração de um “não” que ensina a aceitar o limite, a reconhecer, a valorizar e respeitar os direitos dos outros; que permita interagir, harmoniosamente, com mundo, renunciando à afirmação absoluta dos próprios direitos.
No contexto atual, o valor e a defesa da dignidade da Vida, por pressão de minorias, cedem espaço à sua ‘banalização’ e ao ‘esboroar-se’ da identidade humana, pela afirmação da eutanásia, da ideologia do género e outras, confundindo a razão e desvirtuando o coração, sobretudo das novas gerações. Criar num adolescente de 16 anos o ‘bichinho’ de que pode mudar de sexo é desonesto. A sua personalidade e convicções estão em construção.Consciente deste risco, “o Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida (CNECV) levantou várias dúvidas éticas e legais e avisou, no seu parecer, para os riscos de uma lei que remete para uma decisão estritamente pessoal a mudança de sexo no registo civil e ainda por isso ser permitido aos menores de 16 anos, “sem acautelar ponderadamente questões associadas ao seu próprio processo de maturação e desenvolvimento neuro-psíquico”.
Proporcionem-se, isso sim, às novas gerações ‘as ferramentas básicas’ para se formarem e cuidarem, e sobretudo saberem ‘defender o seu coração e a sua mente’ de todas estas influências que tendem a ferir a sua verdadeira e natural identidade e a sua missão no mundo.
Vieira Maria