Série de animação traz Francisco de Assis ao século XXI para apelar à defesa da natureza

A série “O Viajante de Assis” parte das preocupações ecológicas do Papa Francisco

Francisco de Assis visita a Mãe-terra mas não a reconhece. Depara-se com um planeta com falta de água potável, com poluição, com uma sociedade que tudo consome e tudo desperdiça.

“O Viajante de Assis” é uma série de animação produzida pela REPAM – Rede Eclesial Pan-Amazónica e parte das preocupações do Papa Francisco sobre as questões ecológicas bem patentes na encíclica “Laudato Si”.

 Segundo o portal de notícias do Vaticano “a proposta é resgatar histórias na América Latina de resistência, de esperança, de força e defesa da vida, da justiça e da ecologia integral, de forma lúdica e formativa”.

A série animada foi trabalhada pelo grupo YAKU Audiovisual, e contou com a participação de  uma equipa multidisciplinar e multicultural.

Na série, São Francisco de Assis, a quem o Papa Francisco foi buscar o nome, visita a Mãe-terra e conversa com as criaturas que nela habitam em pleno século XXI. Recorrendo à animação mas também à linguagem documental, a série conta com depoimentos do Papa Francisco proferidos em várias ocasiões e que advertem para as grandes ameaças à vida na Terra.

A série aponta o dedo aos “interesses económicos e políticos particulares” que põem em causa a criação de Deus.

O Vaticano vai receber em 2019 um sínodo especial sobre a Amazónia, cujo texto preparatório sublinha que “a riqueza da selva e dos rios da Amazónia está ameaçada pelos grandes interesses económicos que se alastram sobre diferentes regiões do território”.

A assembleia de bispos foi anunciada pelo Papa a 15 de outubro de 2017 e vai refletir sobre o tema ‘Novos caminhos para a Igreja e para uma ecologia integral se realizará em outubro de 2019’.

A bacia amazónica é apresentada como uma das “maiores reservas de biodiversidade” do planeta, cujos povos são hoje marcados pela “pobreza produzida ao largo da história” e da “mudança de valores decorrentes da economia mundial, na qual prevalece o valor lucrativo sobre a dignidade humana”.

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