Semana de Oração pelas Vocações foi assinalada no Algarve com vigília na Sé de Faro

A iniciativa foi promovida pela comunidade algarvia do Instituto Secular das Cooperadoras da Família em conjunto com o Secretariado da Pastoral Vocacional da Diocese do Algarve, o Seminário de São José e as paróquias da cidade.

A 56.ª Semana de Oração pelas Vocações, que decorreu de 5 a 12 deste mês, foi assinalada no Algarve com uma vigília de oração na Sé de Faro, na passada sexta-feira à noite.

A iniciativa, promovida pela comunidade algarvia do Instituto Secular das Cooperadoras da Família em conjunto com o Secretariado da Pastoral Vocacional da Diocese do Algarve, o Seminário de São José e as paróquias da cidade, ficou marcada pelo apelo à descoberta da vocação.

Na vigília vocacional, presidida pelo diretor Secretariado Diocesano da Pastoral Vocacional, o sacerdote frisou que todos são “vocacionados, chamados à vida, à fé e à missão” e defendeu a necessidade de lançar “processos, meios e oportunidades” de cada um “redescobrir a vocação ao batismo” e, a partir daí, “descobrir qual a vocação que o Senhor vai fazendo à sua vida”. “Quando descobrirmos que cada um de nós, cristãos pelo batismo, é este vocacionado de Deus a atrair os outros a Cristo, passamos a olhar de um outro modo para as vocações específicas, seja o sacerdócio, a vida consagrada, a vida missionária ou o matrimónio”, afirmou.

O sacerdote, que é também o reitor do Seminário de São José, aludiu, por isso, à necessidade de perceber que “a vocação não é só de alguns e para alguns”, mas “o modo de viver da Igreja”, “toda ela vocação e chamamento”. “Nos tempos que correm, esta é grande oração que temos de fazer ao Senhor: que nos ajude a despertar, em todos nós e nos outros nossos irmãos, essa clarividência de que todos temos uma vocação, de que todos somos frutos do seu chamamento e da sua palavra”, sustentou.

Considerando que “esta crise de vocações tem que ver também com o pessimismo” com que se vive a fé, o padre António de Freitas disse ser necessário “empreender esforços para que todos se redescubram como chamamento de Deus”. “[É preciso] deixarmos o lamento e passarmos à oportunidade”, afirmou, desafiando à necessidade de se fazer “de cada momento de catequese, de oração, de eucaristia, de encontro paroquial, uma oportunidade para cada um descobrir a sua vocação na Igreja, a vocação que Deus lhe dá para estar no mundo”.

“O Senhor pede-nos para sermos «pescadores» de homens também dentro da Igreja”, afirmou, realçando que “optar por Cristo” “é um ganho”. “Todos reconhecemos que, quando nos entregamos ao Senhor, ganhamos tanto, recebemos tanto e sentimo-nos tão felizes porque nos percebemos amados”, desenvolveu, exortando a “encorajar os outros”. “Esta também é a missão da Igreja, encorajar os homens. Uma Igreja que encoraja é uma Igreja que tem esperança”, sustentou.

Na vigília de oração, que contou com a presença de muitas religiosas e consagradas, os participantes, muitos deles jovens, foram convidados a escrever um compromisso pessoal de vida num cartão entregue à entrada que continha também um coração. Após escreverem o compromisso, que guardaram, descolaram o coração que colocaram em cima da rede de pesca no cenário que decorou o altar.

A Semana de Oração pelas Vocações este ano teve como tema ‘A coragem de arriscar pela promessa de Deus’, proposto pela Comissão Episcopal Vocações e Ministérios

Texto e foto: Samuel Mendonça (Folha do Domingo)

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