O chamamento de Jaqueline Gomes começou em Pirapora, nas margens do Rio São Francisco que o povo daquela cidade chama, carinhosamente, “Velho Chico”. Pirapora fica a cerca de 300 quilómetros da capital do Estado de Minas Gerais, Belo Horizonte.Foi lá que Deus foi buscar Jaqueline para amá-Lo e servi-Lo na vida consagrada.
Depois de cinco anos de formação, no passado dia 13 de outubro, Jaqueline Gomes fez a 1ª Oblação no Instituto Secular das Cooperadoras da Família (ISCF).“Aguardei com serenidade a chegada deste momento”, escreve Jaqueline numa nota enviada a todas as Cooperadoras da Família intitulada ‘Tudo por causa de um grande amor’. “A celebração da minha Oblação veio estreitar laços entre Portugal e Brasil e aconteceu no dia da memória da última aparição de Nossa Senhora de Fátima, da Beata Alexandrina de Balazar e da canonização de santa Dulce”, comenta.
Num dia que marcou uma nova etapa na sua vida, Jaqueline, recordou Monsenhor Joaquim Alves Brás lembrando “que o fogo que consumia a sua alma, atualmente, continua a motivar outros corações que se oferecem ao Criador para serem n´Ele transformados e consumidos”.
Jaqueline não deixou também de referir aqueles que a marcaram ao longo deste percurso e fê-lo através de um minuto de silêncio que dedicou a Maria da Glória Teixeira, Inês Fernandes da Silva, padre José Leonardo Silva Lopes e padre Elberth Tolentino. “De cada um recebi alguma exortação que permanece inesquecível até aos dias de hoje”, escreve.
A celebração decorreu em Pirapora, na Comunidade Nª Srª do Perpétuo Socorro e foi presidida pelo padre Júlio César Morais que na homilia destacou a importância da vida consagrada e principalmente da vocação, missão e ação da Jaqueline.
Embora permanecendo no seu trabalho e a viver na sua própria casa, Jaqueline está vinculado ao grupo de Cooperadoras que reside em Curvelo, a cerca de 200 quilómetros de Pirapora.
Para a Cooperadora Maria das Neves de Matos o sentimento de todo o Instituto é de gratidão. “Assim como Maria disse ‘SIM’ incondicionalmente ao projeto de Deus, e esse ‘SIM’ foi fiel, também Jaqueline enfrentou todos os desafios durante cinco anos para se consagrar a Deus e à Igreja”. Maria Matos descreve as dificuldades que Jaqueline enfrentou neste período: as obrigações domésticas, as longas viagens, as faltas ao trabalho. “Mas só quem teve a oportunidade de estar com ela no dia da Oblação viu a alegria e o sorriso de Jaqueline”, concluiu.
Jaqueline agradeceu à família biológica, à família do Instituto e aos amigos esta caminhada. “Por um favor de Deus e pela força da oração de cada um(a) eu cheguei até aqui”, escreve.
Jaqueline terminou a mensagem com as palavras do cântico do ofertório: Minha pobreza se encontrou no Altar com a Tua grandeza, Senhor, e acrescentou: “Que eu seja um bom trigo em Tuas mãos, daqueles que com Tua Graça são um acréscimo da Tua humanidade na vida dos outros e, espontaneamente, morrem para bem frutificar”.
Artigo publicado na edição de novembro do Jornal da Família