Covid-19 colocou os avós à margem da sociedade e da família

Os avós “não podem nem devem ser cortados e deixados nas margens da sociedade e da sua família”, alerta Associação Famílias numa nota para assinalar o Dia dos Avós.

A Associação Famílias, com sede em Braga, afirma que a “atual situação pandémica”, no que se refere aos avós, veio “realçar alguns aspetos” que “merecem de todos e dos decisores políticos, económicos, culturais e espirituais uma séria reflexão”.

Em nota publicada para assinalar o Dia Nacional dos Avós que se celebra no dia 26 de julho, a associação lembra que “os avós, muitos, têm tido um papel fulcral no apoio às famílias com crianças e jovens, acolhendo-os, alimentando-os, entretendo-os e mantendo-os afastados de possível contágio”.

“Quantos riscos correm estes avós por esta generosidade familiar?”, questiona a associação, para sublinhar que “muitos têm tido um papel decisivo e muito importante no apoio a pais que, por várias razões, têm de continuar a trabalhar e com os centros educativos encerrados ou com limitações e riscos”.

“Infelizmente, nesta cultura do descarte, muitos avós, sobretudo os mais velhos e doentes, têm sido mantidos isolados, malgrado muitos ainda manterem contacto virtual com os seus familiares, mas carentes do afeto vivo e demonstrado com a presença”, denuncia a associação.

“Outros avós, internados em lares, por razões de segurança sanitária”, sublinha a associação, “estão isolados e sofrem a dor da solidão”.

Por isso, a Associação Famílias considera que o dia dedicado aos avós deveria “ser entendido e vivido como um convite e uma convocatória gritada à sociedade que os avós são as raízes do futuro”.

“E, como raízes, não podem nem devem ser cortados e deixados nas margens da sociedade e da sua família, a bem da saúde desta sociedade e da sua família, que tantas vezes corta essas raízes da vida”, defende a associação.

A Associação Família termina a nota manifestando o desejo de que “se aproveite o Dia Nacional dos Avós para exigir um maior respeito, atenção e carinho por eles, se são vivos, e recordados com amor, se já partiram”.

O Dia Nacional dos Avós foi instituído pela Assembleia da República, em julho de 2003.

Fonte: Rádio Renascença

Partilhar:

Facebook
Twitter
Pinterest
LinkedIn
Relacionado

Outras Notícias

Meu ‘querido’ telemóvel

O arranque do ano letivo voltou a lançar a preocupação sobre o uso do telemóvel nas escolas. O Governo recomendou a sua proibição no 1.º e 2.º ciclos. Para Jorge Cotovio o telemóvel veio para ficar e o “essencial será os pais educarem os filhos para a utilização racional e equilibrada do telemóvel”.

Ler Mais >>

Aspetos Gerais da Saúde em Portugal

João M. Videira Amaral é médico-pediatra e professor catedrático jubilado da Faculdade de Ciências Médicas da Nova Medical School, da Universidade Nova de Lisboa. É o mais recente colaborador do Jornal da Família e ao longo das próximas edições vai escrever sobre alguns dos aspetos da Saúde em Portugal na rubrica intitulada “Crónicas da Saúde”.

Ler Mais >>

Loreto – A vida quotidiana da Sagrada Família

O Santuário da Santa Casa de Loreto, na região de Marche, em Itália, é o local onde, segundo a tradição, o Anjo anunciou a Maria a maternidade divina e onde viveu a Sagrada Família de Nazaré. A história é contada por Cristiano Cirillo em mais uma rubrica sobre a beleza da espiritualidade em viagem.

Ler Mais >>

Fé católica e saúde mental

Como pode a Igreja dar o seu contributo para a saúde mental. O tema é trazido a reflexão por Murillo Missaci no contexto da sinodalidade que aposta numa Igreja que caminha com todos.

Ler Mais >>

O elogia da leitura

Há vida para além dos ecrãs. Devem ser usados com “conta, peso e medida”, sobretudo pelas crianças onde o brincar e a leitura devem ter o seu espaço. A reflexão de Furtado Fernandes.

Ler Mais >>