Para a Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé (CEECDF) é necessário “proporcionar às comunidades e às famílias subsídios digitais de qualidade”. Esta é apenas uma das cinco propostas avançadas pela CEECDF para “fortalecer a família como Igreja Doméstica”.
Numa nota pastoral divulgada no âmbito da Semana Nacional da Educação Crista, de 18 a 25 de outubro, este organismo da Conferência Episcopal Portuguesa, avança com várias propostas que deverão ser levadas a cabo e partilhadas pelas comunidades cristãs e realidades educativas, acompanhadas pelos Secretariados Diocesanos.
Para a CEECDF “escutar as famílias” deverá fazer parte das reuniões e encontros; a “sinodalidade” entre educadores cristão, comunidade, família e instituições educativas deve ser uma realidade; é necessário “consciencializar as famílias de que estamos a viver uma mudança”e “a dimensão espiritual ou mística precisa de estar sempre presente nos momentos de encontro familiar e nas reuniões de formação dos pais”.
Em tempo de início de ano escolar e em tempo de pandemia, este organismo da Igreja Católica manifesta “apreço” e “dedicação” de todos os educadores cristãos “que abraçam este desafio em tempos de incerteza e de dificuldades variadas”.
A Comissão Episcopal recorda os tempos de pandemia que reduziram e empobreceram muitas dimensões da vida humana como “o convívio social, as assembleias religiosas, a alegria das festas, o buliço das crianças” e a forma como a “nova normalidade” teve repercussões na transmissão da fé e na sua vivência.
Mas, por outro lado, a pandemia “desafiou-nos a descobrir e a ter tempo para o essencial”, impulsionou para o “o serviço aos mais frágeis e desprotegidos” e as redes sociais foram “espaço fecundo de contacto interpessoal”. “Fizemo-nos próximos, reinventámos e ampliámos possibilidades de propostas de formação cristã, de oração e de celebração”, escreve a Comissão Episcopal da Educação Cristã e da Doutrina da Fé.
Este tempo veio “evidenciar a importância fundamental da família na transmissão da vida e dos valores humanos cristãos, assim como da sua função insubstituível na construção de laços, na educação dos afetos, no acolhimento mútuo”, defende a CEECDF.
As comunidades cristãs, dioceses, paróquias e escolas, “procuraram sensibilizar e apoiar as famílias a viver a liturgia e a oração quotidianas e a intensificar a sua participação na educação formal dos filhos”. A Igreja prestou maior atenção e colaboração à família, a “Igreja Doméstica”.
O “novo normal” pede “para olhar e preparar um futuro diferente e redescobrir nesse horizonte o lugar fundamental da família”, escreve a Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé que defende que se deve “fortalecer a família como lugar eclesial da presença de Deus onde se vive, celebra e transmite a fé”.
IM