Carlo Acutis foi um jovem italiano, como muitos outros, mas a sua vida ficou marcada pelo amor à Eucaristia. Ia à missa e rezava o terço todos os dias. Ensinava o catecismo às crianças e ajudava as pessoas mais necessitadas. Inventou um “kit para se tornar santo”, formado por missa, comunhão, terço, leitura diária da Bíblia, confissão e serviço aos outros.
Acutis, que visitou Lisboa e o santuário de Fátima, também desenvolveu o seu talento na informática e criou exposições virtuais sobre temas de fé e sobre milagres eucarísticos em todo o mundo.
Quando foi diagnosticado com leucemia, Carlo decidiu oferecer os seus sofrimentos pelo Papa e pela Igreja Católica.
É considerado pelos fiéis como “padroeiro da internet” por ter usado este meio de comunicação para difundir a mensagem de Jesus Cristo.
Carlos Acutis foi beatificado neste sábado em Assis depois da Igreja ter reconhecido como milagre a cura de uma criança brasileira que tocou numa relíquia do adolescente.
Na cerimónia estiveram presentes os pais, Andrea e Antónia, e dois irmãos do jovem. Agostinho Vallini, cardeal-vigário do Papa para a Diocese de Roma, que presidiu à missa de beatificação, leu a carta do Papa Francisco com a fórmula da beatificação onde foi destacado o “entusiasmo da juventude” e a “amizade” de Carlo com o “Senhor Jesus, colocando a Eucaristia e o testemunho da caridade no centro da própria vida”.
Pouco depois, na homilia, o cardeal Vallini perguntava: “O que havia de especial nesse jovem de apenas quinze anos?”, para depois responder: “Ele tinha o dom de atrair e era visto como exemplo. Desde criança, sentia a necessidade da fé e tinha o olhar voltado para Jesus”.
No final da celebração foi anunciada a criação do “Prémio Internacional Francisco de Assis e Carlo Acutis por uma Economia de Fraternidade”. Uma resposta à Encíclica ‘Fratelli tutti’ assinada também em Assis no passado dia 3 de outubro.
Já antes, Carlo Acutis tinha sido dado como exemplo pelo Papa Francisco na sua exortação pós-sinodal “Christus Vivit”.
O corpo de Carlo Acutis, que morreu de leucemia em 2006, quando tinha apenas 15 anos, foi inumado no dia 1 de outubro e encontrava-se incorrupto e em bom estado de conservação. Vai ficar exposto à veneração dos fiéis até ao dia 17 de outubro, no Santuário do Despojamento em Assis.
ISCF/Redações