Novas vocações para uma missão ao serviço da família

Nunca é tarde para abraçar a missão. Mónica (38 anos) e Joana (28 anos) disseram este ano “sim” ao início da caminhada formativa e de discernimento no ISCT. Florinda (60 anos) conta com um ano de percurso.

São duas novas vocações que iniciaram em agosto passado a caminhada no Instituto Secular das Cooperadoras da Família (ISCF). Mónica Dias e Joana Amaral estão no 1º ano dos 5 anos de caminhada formativa até à 1ª Oblação no ISCF. 

Mónica Dias conheceu as Cooperadoras em Aveiro. “Encontrávamo-nos na Eucaristia e eu andava à procura do que Deus queria de mim”, conta Mónica de 38 anos.  A trabalhar atualmente no acompanhamento de uma pessoa idosa e a tirar um curso de Psicogerontologia, Mónica sente que Deus a chama para  uma missão de serviço específica “que passa por cooperar com as famílias, no sentido de contribuir para a sua santificação, e com os sacerdotes”, ou seja, os ideais do Padre Joaquim Alves Brás, fundador de uma vasta obra de apoio à família.

Um estágio profissional na Obra de Santa Zita, na cidade da Guarda, mudou a vida de Joana Amaral. Foi o seu primeiro contacto com as Cooperadoras da Família. Depois de algum tempo de pesquisa e investigação sobre o Padre Alves Brás, Joana Amaral, de 28 anos e Animadora Sociocultural, decidiu aprofundar os seus conhecimentos e iniciar a caminhada formativa e de discernimento no ISCF.  “Fique fascinada com as coisas que li, as fotografias, os textos e mesmo com os testemunhos das Cooperadoras, a forma delas estarem no dia a dia.  Comecei a pensar que também gostaria de ser assim”, conta Joana Amaral.

Uma missão no meio do mundo

Antes de enveredar pela caminhada formativa no ISCF, Mónica Dias já tinha tido outra experiência religiosa mas ao entrar em contacto com as Cooperadoras ficou fascinada pelo facto de poder viver inserida no mundo, desempenhar a sua profissão e ao mesmo tempo consagrar-se a Deus.  Considera “que este tipo de vocação inserida no meio do mundo é pouco conhecida” e acredita que “se fosse mais divulgada talvez muitas mais jovens se interpelassem acerca do que Deus quer delas  e talvez houvesse mais vocações deste estilo de vida”.

Quanto às expetativas com que olha para o futuro e para a caminhada de formação e discernimento que agora inicia, Mónica quer “estar atenta e disponível” para acolher aquilo que Deus e o Instituto quiserem dela.

Por seu lado, Joana Amaral pretende descobrir nesta caminhada “o seu papel dentro da missão das Cooperadoras da Família”.

Nunca é tarde para cumprir o sonho de uma missão

Maria Florinda Quintas sentiu, desde cedo, o desejo de se consagrar a Deus e partir em missão, mas a vida levou-a por outros caminhos. Filha mais nova, acabou por ficar a viver com os pais e a tratar deles no final da vida. Há 13 anos viu partir o pai e há dois a mãe.

Florinda, agora com 60 anos, natural de Carlão (Alijó), deu entrada no ISCF em 2019 e está a iniciar o 2º ano de caminhada formativa. Para além da consagração, gostava de cumprir o sonho de  partir em missão e está de olhos postos na missão das Cooperadoras da Família, em Cabinda. 

Há alguns anos que era Mensageira da Família, mas o seu sonho era mesmo dar entrada no ISCF. Tinha receio de fazer esse pedido, pois sempre pensou que a idade era um obstáculo à realização do seu sonho. Num dialogo com as Cooperadoras o desafio foi lançado. “Eu disse logo que sim. Nunca é tarde! Como o Instituto tem uma missão em Cabinda eu disse que era ótimo porque assim sempre poderia realizar o sonho de ir uns tempos às missões”, conta Maria Florinda que agora vê adiado o sonho devido a alguns problemas de saúde.

Entretanto, vai fazendo a sua caminhada de formação e discernimento com a certeza de que “se tivermos boas famílias teremos uma sociedade melhor e tudo o que se fizer pelo bem da família é também em benefício da sociedade.”

Florinda sempre dedicou a vida à sua família, mas com este passo, quer dedicar a sua missão ao serviço de outras famílias.

IM

Artigo da edição de outubro do Jornal da Família

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