O anúncio foi feito ontem pelo Papa (31 de janeiro). O “Dia Mundial dos Avós e dos Idosos” será assinalado anualmente no quarto domingo de julho, junto à celebração litúrgica de São Joaquim e Santa Ana que se assinala a 26 de julho.
No final da recitação do ângelus, transmitida da biblioteca do Palácio Apostólico do Vaticano, o Papa afirmava queos avós são tantas vezes “esquecidos e esquecemos esta riqueza de cuidar das raízes e transmiti-las”.
O Papa sublinhou também a importância do encontro entre gerações ao afirmar que “é importante que os avós se encontrem com os netos e os netos com os avós, porque como diz o profeta Joel, os avós, diante dos nossos, sonharão, terão ilusão; e os jovens, encontrando força nos avós, seguirão em frente e hão de profetizar”.
Francisco partiu da celebração, a 2 de fevereiro, da festa da Apresentação de Jesus no Templo, quando dois anciãos, Simeão e Ana, “reconheceram em Jesus o Messias”.
“Ainda hoje, o Espírito Santo suscita nos idosos pensamentos e palavras de sabedoria, a sua voz é preciosa porque canta os louvores de Deus e cuida das raízes dos povos. Eles lembram-nos que a velhice é um dom e os avós são o elo de ligação entre as várias gerações, para transmitir aos jovens a experiência de vida e de fé”, apontou.
A instituição do “Dia Mundial dos Avós e dos Idosos” é “o primeiro fruto do ‘Ano da Família Amoris laetitia´, um dom a toda a Igreja que se vai manter ao longo dos anos”, afirma o Cardeal Farrell.
Em comunicado, o prefeito do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida afirmou que “a pastoral dos idosos é uma prioridade inadiável para todas as comunidades cristãs. Na encíclica Fratelli tutti, o Santo Padre nos lembra que ninguém é salvo sozinho. Nesta perspetiva, é necessário valorizar a riqueza espiritual e humana que foi passada de geração em geração”.
Por ocasião da I Jornada Mundial dos Avós e dos Idosos, o Papa vai presidir à Missa vespertina do domingo, 25 de julho, na Basílica de São Pedro.
A nota evoca o I Congresso Internacional para a Pastoral dos Idosos, que o Papa encerrou a 31 de janeiro de 2020, na presença de delegações de dezenas de países, incluindo Portugal.
“A desorientação social e, em muitos aspetos, a indiferença e a rejeição que as nossas sociedades manifestam em relação aos idosos chamam não apenas a Igreja, mas todos, a uma reflexão séria para aprender a compreender e apreciar o valor da velhice”, referiu Francisco.
O discurso convidou a superar uma visão economicista, assumindo o património de “valores e significados” da “terceira e quarta idade”.
ISCF/Agência Ecclesia