A Festa da Família voltou a sair à rua em muitas dioceses do país após dois anos de ausência presencial devido à pandemia. No fim de semana em que terminou em Roma o X Encontro Mundial das Famílias (25 e 26 de junho), muitas foram as dioceses que escolheram esta data para juntarem famílias, Movimentos e Obras numa festa de acolhimento.
Na diocese de Lisboa, o Parque Urbano da Quinta da Flamenga em Vialonga, no Concelho de Vila Franca de Xira, foi o ponto de encontro e o palco onde também esteve presente o Instituto Secular das Cooperadoras da Família (ISCF) e o Movimento por um Lar Cristão (MLC), membros da Família Blasiana.
Conhecer famílias e dar-se a conhecer às famílias poderia ser o mote para a presença do Instituto e do Movimento fundados por Monsenhor Alves Brás. “Temos suscitado curiosidade por parte dos jovens e de algumas famílias que por aqui passam”, afirmou a Cooperadora Elisabete Puga. “Houve uma mãe que nos desafiou a ir às paróquias fazer sessões para ensinarmos, por exemplo, as crianças a colaborar nos trabalhos de casa ou ajudá-las a rezar”, contou.
Foram vários os jogos didáticos que as Cooperadoras levaram para a Festa da Família. Através deles quiserem envolver filhos, pais e avós e dar a conhecer o carisma e a missão deste Instituto Secular de Vida Consagrada focado na santificação da Família.
Por seu lado, o Movimento por um Lar Cristão lamenta que as paróquias não apostem na convocação dos casais para estes eventos. “As pessoas que por aqui estão acabam por ser pessoas que estão ligadas aos Movimentos e às Obras da Igreja” afirma Anabela Aires, membro do casal presidente do MLC. “Gostaria que caminhássemos mais para fora e conseguíssemos alcançar casais fora da Igreja”, acrescenta.
A três anos da celebração dos 100 anos da ordenação sacerdotal do fundador do MLC, este encontro serviu para divulgar a figura deste sacerdote junto dos seminaristas. “O MLC é um movimento fundado por um padre português, muitos dos movimentos que aqui estão presentes foram fundados por padres estrangeiro. Este é nosso e temos de o dar a conhecer”, conta Anabela Aires.
E o que levam as famílias de encontros como este? Elisabete Puga não tem dúvidas: “As famílias que por aqui passaram perceberam que nós estamos aqui para acolher” .
O final do evento contou com a celebração eucarística presidida por D. Manuel Clemente em que participaram casais que ao longo deste ano celebram 10, 25, 50, 60 ou mais anos de casados.
Na homilia, o cardeal-patriarca falou da “proposta matrimonial cristã” como uma proposta “possível”. “Cada casal cristão, de sacramento do matrimónio unidos no Senhor Jesus, é um sinal de que isto é possível”.
Para D. Manuel Clemente a “proposta matrimonial cristã não é uma proposta qualquer, é aquela que se consegue em Cristo e não se consegue sem Ele”.
O patriarca de Lisboa falou do casamento, da relação homem/mulher, da simpatia mútua, da geração de filhos como “realidades humanas da criação e por isso boas” mas para se sustentaram é “preciso que se consigam a partir do amor de Deus”.
Para D. Manuel Clemente cada casal ali presente “ é um sinal de que isto é possível, de que o projeto de dádiva de Deus é possível”.
Galeria de fotos
IM
Artigo da edição de julho do Jornal da Família