Ainda hoje me recordo que deixei a minha terra, a minha família e fui trabalhar para o Porto com 12 anos para ajudar a minha família. Fui cooperando com a Família, movida por esta máxima: ‘o bem que fizermos aos outros é a Deus que fazemos’. Mais tarde descobri que Mons. Brás vivia e recomendava o mesmo: ‘o pouco que fizermos a bem da família é muito’.
Aos 22 anos sentia-me interpelada e quis conhecer a Obra de Mons. Brás e as Cooperadoras. Em 1972 entrei para o Instituto Secular das Cooperadoras da Família. Completei este ano 50 anos de consagração.
Dou graças a Deus por tudo o que aconteceu na minha vida e através dela ao longo destes anos, e foi mesmo muito. É meu desejo aproveitar mais e melhor o tempo que Deus me der para viver com qualidade. Quero ser responsável, levando até ao limite a minha consagração, qual oferta generosa de uma vez para sempre, pois sei em Quem acreditei.
Atualmente estou em Roma onde na paróquia, nas famílias, nos doentes, com os imigrantes portugueses e outros, procuro ser uma presença encorajadora e, sempre que possível, ajudo a encontrar trabalho. Na Igreja de Santo António dos Portugueses, procuro dar o melhor de mim, pela alegria, acolhimento, serviço, escuta e oração. Nem sempre é fácil, mas as provações e os sofrimentos, também fazem parte da nossa vida e missão.
O Senhor diz: “Todo aquele que quiser seguir-Me, tome a sua cruz e siga-Me”. Sinto-me pequena e pobre, mas ao longo destes 50 anos, procurei escutar e responder cada dia ao Senhor, para dar rosto à missão a que Deus me chamou e chama, cada dia. Rezo pela santificação da Família, para que esta volte a encontrar os valores da Família que se perderam. Que Deus me oiça.
O nosso Fundador dizia: “Salvemos a Família e Salvaremos o Mundo”. Rezo ao Senhor para que continue a ser fiel apóstola da Família, para que sempre me deixe modelar por Ele, pela Sua graça e imitar Maria que foi a primeira a cooperar com a Família.
Mons. Brás dizia: “Outros não terão outro Evangelho, senão a tua vida”. Que o Senhor me ajude a viver sempre o nosso carisma à luz do lema: “Mãos no trabalho, coração em Deus”, no mundo a bem da Família e dos Sacerdotes.
Termino, agradecendo ao Instituo e a todas as pessoas que me ajudaram, ao longo destes anos, a crescer na fé, na Esperança e no Amor. Que o Senhor a todos recompense na terra e no Céu.
Margarida Pinto – Cooperadora da Família
Foto: Margarida Pinto, ao centro, no dia da celebração dos 50 anos de Consagração (29 de maio), ladeada pelo casal Sérgio e Dores Pazzelli e pela Cooperadora Lúcia Duarte