O contributo do sono e da alimentação nos resultados escolares

O início de ano é sempre uma altura em que fazemos votos de melhores práticas e melhores hábitos. Espreite os conselhos de Goretti Valente.

Um novo ano está a começar e com ele muitos sonhos e novos projetos. É bom que assim aconteça para dar ânimo a mais uma caminhada de 365 dias que se pretende ser sempre melhor do que a anterior. A esperança é uma grande virtude. Todos fazem votos de práticas e hábitos melhores. Neste sentido porque não falar hoje de boas práticas rotineiras para a melhoria dos resultados escolares. Importa a todos e é um propósito pertinente. Lembro aqui duas práticas fundamentais para o desenvolvimento cognitivo dos alunos: o sono e a alimentação em tempo de escola. As duas promovem o bem-estar geral que se repercute, naturalmente, no rendimento escolar. Dormir num ambiente tranquilo e relaxante e ter um horário regular de repouso, fortalece a memória e evita problemas comportamentais, cognitivos e emocionais. Desligar o equipamento eletrónico é também o ideal ainda que saibamos que nesta era tecnológica, não é fácil. Acreditamos plenamente que ter um bom sono é fundamental para se ter uma vida saudável, seja qual for a idade. Os jovens em idade escolar precisam de um bom funcionamento do cérebro e descansar bem é uma necessidade reconhecida e recomendada. A capacidade de concentração na sala de aula, a aquisição de novas aprendizagens e o controlo das emoções são influenciadas pela qualidade do sono. Então, dormir faz bem, como revela o ditado “deitar cedo e cedo erguer, dá saúde e faz crescer”. Era bom e importante que os pais  ou a família estivesse atenta a estes pormenores, tão grandes  para o funcionamento da atividade escolar. A alimentação também tem um papel relevante neste contexto. Fazer uma alimentação equilibrada ao longo do dia é um ganho para todos. Não há alimentos especiais para promover a inteligência, mas há práticas e hábitos diários que complementam a melhoria do desempenho. Tomar o pequeno almoço antes de ir para a escola é fundamental e quantos jovens chegam à escola sem comer, não porque não tenham alimentos em casa, mas porque sim. Começam o dia sem energia, cansados, irritados e sem paciência alguma para aprender o que quer que seja. Muitas vezes apresentam problemas comportamentais que não se compreendem, nada favoráveis a uma boa aprendizagem. É muito importante que em casa se esteja atento a estes pormenores que podem fazer a diferença nos resultados escolares. Acredito que nada disto é novo na sociedade em que vivemos, mas podemos fazer sempre melhor e contribuir positivamente para a formação equilibrada desta juventude.

Comecemos o ano com Fé e Esperança num mundo melhor, onde o contributo de cada um de nós é importante e vai fazer a diferença.

Bom Ano e fiquem bem!

J

Goretti Valente
Artigo da edição de janeiro de 2023 do Jornal da Família

Partilhar:

Facebook
Twitter
Pinterest
LinkedIn
Relacionado

Outras Notícias

Meu ‘querido’ telemóvel

O arranque do ano letivo voltou a lançar a preocupação sobre o uso do telemóvel nas escolas. O Governo recomendou a sua proibição no 1.º e 2.º ciclos. Para Jorge Cotovio o telemóvel veio para ficar e o “essencial será os pais educarem os filhos para a utilização racional e equilibrada do telemóvel”.

Ler Mais >>

Aspetos Gerais da Saúde em Portugal

João M. Videira Amaral é médico-pediatra e professor catedrático jubilado da Faculdade de Ciências Médicas da Nova Medical School, da Universidade Nova de Lisboa. É o mais recente colaborador do Jornal da Família e ao longo das próximas edições vai escrever sobre alguns dos aspetos da Saúde em Portugal na rubrica intitulada “Crónicas da Saúde”.

Ler Mais >>

Loreto – A vida quotidiana da Sagrada Família

O Santuário da Santa Casa de Loreto, na região de Marche, em Itália, é o local onde, segundo a tradição, o Anjo anunciou a Maria a maternidade divina e onde viveu a Sagrada Família de Nazaré. A história é contada por Cristiano Cirillo em mais uma rubrica sobre a beleza da espiritualidade em viagem.

Ler Mais >>

Fé católica e saúde mental

Como pode a Igreja dar o seu contributo para a saúde mental. O tema é trazido a reflexão por Murillo Missaci no contexto da sinodalidade que aposta numa Igreja que caminha com todos.

Ler Mais >>

O elogia da leitura

Há vida para além dos ecrãs. Devem ser usados com “conta, peso e medida”, sobretudo pelas crianças onde o brincar e a leitura devem ter o seu espaço. A reflexão de Furtado Fernandes.

Ler Mais >>