“Sou Cooperadora da Família” com Maria da Conceição Mota Carvalho

Conheceu as Cooperadoras quando tinha 12 anos e há 38 que abraçou o Carisma e consagrou-se no Instituto Secular das Cooperadoras da Família. Conheça o testemunho vocacional de Maria da Conceição Mota Carvalho.

Sou Cooperadora da Família há 38 anos. Sou natural de Olalhas, Concelho de Tomar, Diocese  de Santarém. Conheci as Cooperadoras quando tinha apenas 12 anos. Eu já trabalhava em Tomar e para mim o contacto com as Cooperadoras era sempre motivo de alegria e de festa.

Aprendi a viver a fé cristã na minha família, sou a quarta de seis irmãos. Na minha casa rezava-se o terço todos os dias, a minha mãe transmitiu-me muito a devoção à Virgem Maria, já que eu também me chamava Maria. Assim, cresci acompanhada pela mão da Virgem, a quem me confiava todas as noites.

Em Lisboa, onde estive 20 anos, participava na Paróquia em diversas atividades e quanto mais me inseria nas atividades mais ia conhecendo a pessoa de Jesus Cristo, mais realizada e feliz me sentia. Participava também nas reuniões da Obra de Santa Zita e nas festas, frequentava a casa da Penha de França e era visitada pela visitadora da zona, Laura Mateus, de feliz memória, a quem recordo com muito carinho. Com a Cooperadora Laura fiz o curso de Corte e Costura na Casa da Penha.  A minha vocação foi surgindo lentamente entre a Paróquia e o Centro da Penha de França, mas foi um retiro vocacional, promovido pela Obra de Santa Zita, que me ajudou a dar o salto para responder ao apelo do Senhor e decidir segui-Lo mais de perto entregando a minha vida como Consagrada secular a bem dos irmãos, mais concretamente da Família.

Entrei no Instituto Secular das Cooperadoras da Família a 8 de setembro de 1984, em Fátima, tinha então 25 anos. A partir daí a minha vida tomou outro rumo, outro sentido, senti-me amada e escolhida por Deus para realizar um projeto do qual me sinto indigna, mas a Sua graça superabundou em mim e sou uma privilegiada do Amor de Deus.

Atualmente realizo a minha missão respondendo à Vontade de Deus, vivendo o Carisma do Instituto como Coordenadora do Centro Infantil Monsenhor Alves Brás, em Madrid, entregando toda a minha vida, a minha energia e alegria em prol da Família, tanto na Paróquia, como na casa de Madrid, participando da vida e das múltiplas tarefas desta casa.

Queridos jovens, se sentirdes a interpelação do Senhor, “não tenhais medo, abri as portas a Cristo”. Deus precisa de ti, de mim para continuar a expansão do Seu Reino. Todos necessitamos sentirmo-nos queridos e amados, primeiro na nossa família, depois na Paróquia como Filhos e irmãos. Se sentirem o chamamento a realizar um projeto, em família (Matrimónio) ou, quem sabe,  chamados a uma Vida de Consagração ao Senhor, aceitai e comprometei-vos. Entregai-vos sem medo, doando a vida ao serviço dos outros. Sede audazes, escutai a voz de Deus que fala no silêncio do vosso coração e que se manifesta através dos irmãos e dos acontecimentos da nossa vida. Deus quer ver-vos felizes, não lhe fecheis o coração e tereis cem por um.

                                                                Maria da Conceição Mota Carvalho

Partilhar:

Facebook
Twitter
Pinterest
LinkedIn
Relacionado

Outras Notícias

Com sobriedade e intensidade

Numa época com forte apelo ao consumismo, Juan Ambrosio evoca a ‘Laudato si’ para nos alertar para o sobriedade sem nunca perder o sentido cristão do Natal.

Ler Mais >>

O Papa Francisco e a COP28

Por estes dias, decorre no Dubai a COP28. O que se espera da Cimeira do Clima? Acelerar a descarbonizarão e compensar o Sul Global onde é maior o impacto das alterações climáticas. A análise de Murillo Missaci.

Ler Mais >>

Inteligência espiritual

O que é a inteligência espiritual? É a inteligência que “pretende capacitar-nos para lidar com a fugacidade da vida e as vicissitudes do tempo”, explica Furtado Fernandes num artigo focado no “sentido da vida

Ler Mais >>

E depois da pandemia?

“A sociedade está cansada e não tem tempo”, afirma Cristiana Moreira numa reflexão sobre a empatia, ou a falta dela, num tempo em que as vidas voltaram a ser “engolidas pela rotina”.

Ler Mais >>