Demonstram-nos as estatísticas que proporcionalmente à sua população total, no mundo nunca viveram tantos jovens como hoje. Nos dez anos à frente da Igreja – que comemorámos em 13 de março – o Papa Francisco tem dado uma especial atenção ao papel dos jovens na sociedade, abrangendo as suas mais diversas esferas. O Santo Padre ressaltou em inúmeras ocasiões a importância crucial da nossa participação, especialmente enquanto jovens, na construção de um mundo em que a paz, o respeito à diversidade e à dignidade humana e a fraternidade sejam constantes. Essa participação não se deve limitar somente à vida política ou religiosa, mas deve ser o mais onipresente possível: temos de preservar o nosso planeta, proteger a natureza e ajudar os nossos irmãos necessitados, temos de ter coragem para enfrentar as dificuldades pessoais que um mundo cada vez mais calculista e individualista infelizmente nos impõe, mas sem perder de vista a essência da nossa fé, moral e ética cristãs. Como jovem, conforta-me muito ver a preocupação e o cuidado do Santo Padre para com a minha geração e aquelas mais jovens, que muitas vezes se perdem em meio a um alto fluxo de informações, sentimentos e responsabilidades que cruza as nossas mentes tão frequentemente, deixando-nos ansiosos e aflitos. Nesse sentido, é muito positivo que a Jornada Mundial da Juventude de Lisboa leve em consideração essa realidade também, de modo que possamos continuar a pressionar os nossos governantes por políticas que incluam, desenvolvam e estimulem a ação dos jovens e o reconhecimento do seu papel e do seu trabalho e, como igualmente ressaltado pelo Papa, para que possamos estar sempre prontos para defender e exercer a nossa fé, como fez Maria.
Murillo Missaci Borges
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Artigo da edição de abril de 2023 do Jornal da Família