Poucos dias antes do início da Jornada Mundial da Juventude (1 a 6 de agosto) a Igreja celebra o Dia Mundial dos Avós e dos Idosos (23 de julho). Na mensagem para este dia, intitulada ‘De geração em geração, a sua misericórdia’, uma passagem do Evangelho segundo São Lucas (Lc 1, 50), o Papa desafia os jovens que se preparam para partir para Lisboa ou para viverem a Jornada nas suas localidades a visitarem os avós e os idosos sozinhos. “Antes de sair para a viagem, ide visitar os vossos avós, fazei uma visita a um idoso sozinho”, pede Francisco aos jovens. “A sua oração proteger-vos-á e levareis no coração a bênção daquele encontro. A vós, idosos, peço para acompanhardes com a oração os jovens que estão prestes a celebrar a JMJ”, acrescenta Francisco.
Destacando a proximidade destes dois acontecimentos, o Papa afirma que “o Senhor espera que os jovens, ao encontrar os idosos, acolham o apelo a guardar as memórias e reconheçam, graças a eles, o dom de pertencerem a uma história maior”. Neste contacto intergeracional todos ficam a ganhar. “A amizade duma pessoa idosa ajuda o jovem a não cingir a vida ao presente e a lembrar-se que nem tudo depende das suas capacidades. Por sua vez, aos mais velhos, a presença dum jovem abre à esperança de que não se perderá tudo aquilo que viveram e se vão realizar os seus sonhos”, refere Francisco.
Referindo-se à passagem do evangelho que dá tema à mensagem e que alude ao encontro de Maria com a parente Isabel, idosa, Francisco afirma que “Deus quer que os jovens, como fez Maria com Isabel, alegrem os corações dos anciãos e extraiam sabedoria das suas experiências. Mas o primeiro desejo do Senhor é que não deixemos sozinhos os idosos, que não os abandonemos à margem da vida, como hoje, infelizmente, acontece com demasiada frequência”.
Francisco pede ações concretas a toda a comunidade “fazendo algo para abraçar os avós e os idosos”. “Não os deixemos sozinhos; é preciosa a sua presença nas famílias e nas comunidades: dá-nos a noção de partilhar a mesma herança e de fazer parte dum povo em que se preservam as raízes”, escreve Francisco. Agentes de transmissão da pertença ao povo de Deus, Igreja e sociedade precisam deles. “É que os idosos entregam ao presente um passado necessário para construir o futuro. Honremo-los, não nos privemos da sua companhia nem os privemos da nossa. Não permitamos que sejam descartados”, refere Francisco.
Neste III Dia Mundial dos Avós e dos Idosos, que “pretende ser um pequeno e delicado sinal de esperança para eles e para a Igreja inteira”, Francisco renova o convite a dioceses, paróquias, associações, comunidades para que celebrem este dia “colocando no centro a alegria transbordante dum renovado encontro entre jovens e idosos”.
IM