Um novo ano a começar e com ele uma imensidão de projetos, sonhos e realidades novas, onde cada um procura encontrar uma forma de se realizar, de estar bem consigo mesmo e com aqueles que o rodeiam. Todos os anos a esperança renasce. Que bom! Há uma alegria no ar, contagiante. Há uma esperança que se repete e é esta mesmo que deve pairar nos corações de cada um, porque necessária, para a construção de ambientes melhores, onde todos gostem de viver e se intitulem construtores de um mundo melhor.
O mundo atual é cada vez mais um mundo intercultural onde interagem cidadãos oriundos dos mais variados cantos do planeta. Portugal não foge à regra e, por ser considerado hospitaleiro, aumenta o número de cidadãos que o elegem para realizarem novos projetos de vida. O fluxo migratório tem vindo a crescer consideravelmente. Muito facilmente encontramos no dia a dia esta realidade. Nas escolas a afluência de jovens provenientes de outras culturas proporcionou a alteração de alguns procedimentos pedagógicos e até mesmo de integração. O desenho das turmas começou a ser mais intercultural e houve que refazer alguns aspetos sobretudo a nível linguístico de forma a permitir um melhor relacionamento e um ambiente de aprendizagem com êxito. A capacidade comunicativa é primordial, logo, a aprendizagem da língua portuguesa é dos primeiros fatores a considerar, seguido do conhecimento histórico, geográfico e cultural do país de origem. Para alunos e professores é um novo ambiente enriquecedor a todos os níveis. Há em muitos a preocupação de fazer sentir bem o novo elemento da turma e de conhece-lo melhor. Coloquemo-nos sempre no lugar do outro e deste modo talvez tenhamos uma melhor compreensão do sentimento que vai dentro de quem está num país desconhecido, novo e com hábitos e costumes diferentes. Respeitar as características e diferenças dos outros e promover o diálogo construtivo são atitudes que todos devemos ter enquanto cristãos construtores de um mundo melhor com paz. Atitudes positivas formam gerações melhores. A educação recebida em casa tem um papel muito importante no ambiente de bem-estar que se pretende construir na sala de aula e na escola em geral. As abordagens feitas sobre esta temática são verdadeiras lições de humanidade e devem ter um carater positivo e edificante, pois como sabemos os jovens gostam muito de replicar o que ouvem em casa considerando que se trata de uma formação familiar. Falar na diversidade cultural na escola ou em qualquer outro lugar como uma mais-valia para todos os que querem alargar o seu conhecimento vai permitir uma melhor aceitação das diferenças dos outros e um melhor ambiente de aprendizagem. Pais e educadores são muito importantes na construção de pensamentos e atitudes positivas nos jovens porque considerados por este modelos a imitar.
Contribuir para uma melhor integração de todos na sociedade em que vivemos poderá ser um desafio para todos nós neste Novo Ano que começa e que queremos que seja melhor, onde a Paz brilhe.
Bons sonhos, bons projetos e bons resultados.
Bom Ano Novo
Goretti Valente
Artigo da edição de janeiro de 2024 do Jornal da Família