A Comissão Episcopado do Laicado e Família (CELF) publicou uma mensagem para o Dia da Mãe que a sociedade portuguesa celebra no primeiro domingo de maio (dia 5). Nela, os bispos portugueses falam de tempos de “Paz frágil” e de “países em guerra” e é nestes contextos que lembram “com intensa solidariedade, todas as Mães em territórios exacerbados de violência, em campos de refugiados, em fugas de emergência, em migração forçada e, pior ainda, em luto por filhos perdidos neste contexto desumano”.
A CELF defende que “todas as Mães têm direito ao apoio de todos”, mas se tivessem de sublinhar o acréscimo de apoio a algumas Mães evidenciariam “as mais pobres, as mais sós, aquelas que têm de ser mãe e pai”.
“Como não admirar as Mães que tiveram de enfrentar todas as dificuldades sem a presença responsável e comprometida dos Pais? Como não valorizar as Mães que por adoção deram vida por filhos não biológicos, mas de coração? Como não exaltar a heroicidade das Mães que pela morte de seu cônjuge ou companheiro, enfrentaram na solidão a criação e educação dos seus filhos?”, são algumas das perguntas que os bispos portugueses deixam para reflexão.
Para os bispos portugueses “o Dom da Maternidade surge do coração de Deus, Ele que é Pai e Mãe, e modelou na Virgem Maria de Nazaré toda a beleza e ternura da Maternidade Divina. Através d’Ela, Deus tornou-se próximo de cada um de nós, fez-se um de nós. Por isso, na maternidade de cada mulher podemo-nos encontrar com a nascente da vida e com o autor da Vida. No Amor de cada Mãe aproximamo-nos de modo eloquente do Amor de Deus por cada um de nós. Não duvidamos que o Amor de Mãe é a mais perfeita metáfora do Amor de Deus”.
“Celebrar o Dia da Mãe, no mês de maio, mês das flores e do coração, é lembrar Maria, aquela que acolheu sempre as preces de todas as Mães sofridas pelos desgostos da vida – dias de sal – ou exultantes pelas alegrias que ao longo do caminho surgem como flores de Esperança – dias de sol!”, refere a mensagem da CELF.
No ano em que se evocam os 50 anos do 25 de Abril de 1974, este organismo da Conferência Episcopal Portuguesa faz votos “que as Mães renovem nos corações valores de respeito, tolerância e Paz, e que nos demostrem pelo seu exemplo e afeto que todos somos filhos, portanto, irmãos. Que prossigam na defesa da dignidade de cada Ser Humano na riqueza das suas diferenças e na diversidade das suas raças, culturas, credos e talentos”.
Por fim, a CELF pede “à Mãe das Mães a sua intercessão” no auxílio a todas as Mães na “grandeza da sua Missão” e “para que em todos os filhos desperte a correspondência do reconhecimento e do compromisso no Bem das suas extremosas Mães”.
IM