Santa Zita, um exemplo de ontem e de hoje, servir e trabalhar na caridade

A história de vida de Santa Zita está intimamente ligada a Lucca, em Itália. Por isso, o Dia de Santa Zita, que se assinala a 27 de abril, ganha aqui mais significado. Que o diga Cristiano Cirillo que neste dia visitou Lucca e a Basílica de San Frediano onde repousam os restos mortais da Santa que deu nome a uma das obras fundadas pelo Padre Alves Brás.

Em Lucca, Itália, a Basílica de San Frediano guarda o corpo de Santa Zita, uma Santa com uma história muito interessante. Estive lá no Dia de Santa Zita, 27 de abril e, neste dia especial, toda a cidade está cheia de flores, todas as praças estão enfeitadas com flores das mais variadas cores e, na basílica, o corpo mumificado da Santa está exposto numa caixa transparente.

Mas quem era  Zita? Zita era uma rapariga nascida de uma família pobre numa pequena aldeia da província de Lucca, Monsagrati. Para ajudar a família, foi trabalhar como empregada doméstica em casa de uma família rica, no ano 1220, a família Fatinelli. Zita trabalhava e ajudava os pobres, guardando os restos de comida para os dar aos mais necessitados. A família onde trabalhava suspeitava de alguma coisa, sobretudo quando Zita dava esmola aos pobres que lhe batiam à porta. Um dia, ao sair de casa, o chefe da família Fatinelli perguntou-lhe o que levava no avental. Apesar de este, estar cheio de pão, ela respondeu que só levava flores e, quando abriu o avental, saíram muitas e belas flores multicolores. A festa realiza-se todos os anos em memória do milagre, na qual participam todos os viveiristas da Toscana, trazendo para Lucca as flores mais belas para decorar a cidade no dia dedicado à Santa Zita.

        

A Basílica é de estilo românico, com um esplêndido mosaico na fachada, representando a ascensão de Cristo, e a torre do sino é muito particular com várias janelas gradeadas e de três luzes.

Em 1955, o Papa Pio XII declarou Santa Zita ‘padroeira das empregadas domésticas e auxiliares da família’. Um carisma que anima a Obra de santa Zita e o Instituto Secular das Cooperadoras da Família (ISCF), fundados pelo Venerável Mons. Joaquim Alves Brás em 1932 e 1933, respetivamente.

Foi uma grande emoção visitar um lugar tão importante para o ISCF, principalmente pelo carisma que aqui vive, e é como que voltar às raízes. É um desafio aplicar, no dia a dia, o que a jovem Zita, com seu exemplo, fez pelos outros. Ela soube conciliar a ação, com a contemplação, a ação em ajudar os outros, a contemplação em ser serva de Deus. É uma luz, nos dias de hoje, que ilumina o caminho, de quem quer viver em Cristo.

Atenção caros leitores, antes das férias iremos a outro país, conhecer outra história, outro lugar, bonito, interessante e rico de espiritualidade. Até lá boas leituras…

Fotos e texto: Cristiano Cirillo
circri@libero.it
Artigo da edição de julho de 2024 do Jornal da Família

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