Missão Cabinda

Criado pelo Instituto Secular das Cooperadoras da Família, o projeto FIDASE (Formação, Integração, Desenvolvimento e Ação Social), visa promover
o desenvolvimento integral da pessoa humana de Cabinda, especialmente a mulher.
A Escola Missionária Brazita, passou “do sonho à realidade” em 2013.


Do sonho à realidade

No dia 5 de fevereiro de 2013, o projeto sonhado tornou-se realidade com a abertura oficial da Escola Missionária Brazita, cujo nome provém fundamentalmente da palavra Brás. A Escola está integrada no Centro de Cooperação Familiar (Missão Católica Feminina) ao cuidado das Cooperadoras da Família residentes no Mbuco – Cabinda. Aqui as Cooperadoras da Família exercem a sua ação em benefício das famílias. Animam atividades com o objetivo de cooperar com a Família na sua difícil e exigente missão de educar e formar as novas gerações, de modo a contribuir para o desenvolvimento integral da pessoa e apoiar a estabilidade social da comunidade.

A Escola Missionária Brazita, em Cabinda, iniciou atividade em 2013 com 78 alunos nas classes de Iniciação, Primeira e Segunda. No segundo ano de atividade, em 2014, os alunos inscrito mais do que duplicaram. Passaram de 78 para 178. No ano 2015, as inscrições continuaram a crescer, num total de 286 inscritos, distribuídos por sete turmas da pré à 4ª classe.


Formas de Integrar

Como o próprio nome indica, é uma Escola de cariz cristão – católico, integrada no regime comparticipado, ao abrigo do Protocolo de Parceria celebrado entre a CEAST (Conferência Episcopal de Angola e São Tomé) e os Ministérios da Educação e da Administração do Território de Angola, para o Ensino Primário e 1º Ciclo do Ensino Secundário, criada por Decreto Executivo Conjunto Nº 18 / 015 de 3 de 2.

A Escola já está oficializada mas contínua sem comparticipação do Estado para o pagamento aos professores. Todos os encargos com pessoal, que neste momento totalizam 11 colaboradores (direção, corpo docente e auxiliares) está a cargo da Escola. Mesmo quando houver comparticipação do Estado para os professores, o salário do restante pessoal continuará sob a responsabilidade da Escola, daí a necessidade de os alunos continuarem a pagar uma propina.

A Escola beneficia também do contributo das Cooperadoras ao serviço da Missão, em Cabinda, na disciplina de Educação Moral, Cívica e ‘Religiosa’ e do apoio da Comissão de Pais e Encarregados de Educação que, nestes três anos, infelizmente, não deu qualquer tipo de contributo, mas aguardam-se melhores dias e iniciativas concretas.

Direcionada aos pais e encarregados de educação, de modo a capacitá-los como educadores em família e como família, a Escola lançou um ciclo de três ações de formação, sendo uma por trimestre. Estas ações têm registado uma boa participação e interação entre família/Escola, congregando sinergias para que crianças, família e sociedade possam colher algum resultado no intuito de lhes proporcionar um futuro mais atraente e promissor. Este é um dos objetivos a alcançar no desempenho da missão das Cooperadoras: Formar para integrar…

 
As dificuldades do dia a dia
Presentemente, a Direção da Escola confronta-se com alguns constrangimentos:
  • A morosidade do Processo de Oficialização cujo documento existe desde fevereiro de 2015 mas que na prática tudo continua igual. A Escola continua a suportar todas as despesas inerentes ao seu funcionamento, quando os professores deveriam ser enquadrados na função pública;
  • A escola já dispõe do apoio de um transporte escolar para as crianças. Mas se a Escola continuar a crescer ao ritmo destes três anos, brevemente aparecerão novos problemas não só de transporte, mas também de espaços adequados.
  • Outras dificuldades bem diversificadas: o fornecimento de água da rede pública é muito exíguo, daí a sua escassez quase quotidiana; instabilidade no fornecimento da energia elétrica; falta de uma sala de informática; falta de um espaço adequado para o serviço da cantina (alunos e professores); melhores instalações para o funcionamento dos serviços administrativos; espaços adequados para outras atividades: educação física, reunião de pais, biblioteca, sala de estudo e outras… Muitos destes espaços estão contemplados no projeto-planta da futura Escola que se mantém ainda no papel. Terreno existe, falta o financiamento…
 
Projetos para o futuro

Apesar das dificuldades a EMB quer avançar em 2016 com 11 turmas e introduzir a 5ª classe com aqueles que transitam da atual 4ª classe e trabalhar em dois períodos: matutino e vespertino, dada a exiguidade dos seus espaços.

A direção da escola agradece todo o apoio e incentivo recebidos do Instituto Secular das Cooperadoras da Família. Nomeadamente na aquisição do meio de transporte que veio proporcionar alguma tranquilidade à direção da escola e às famílias dos alunos. Agradece também ao Secretariado Diocesano da Educação que se tem interessado pela implantação deste Projeto e à Secretaria Provincial de Educação, autorizando o funcionamento da Escola e facultando algum do equipamento escolar, bem como a merenda, embora esta ainda em número de dosagens um tanto inferior ao número de crianças inscritas na Escola, particularmente nos dois primeiros anos de vida escolar.

As Escolas Católicas constituem uma ‘ala avançada’ do Ensino em Angola que, apesar de não serem inteiramente gratuitas, para as famílias que as procuram, continuam a ser preferidas e referenciadas no seu espaço próprio de ideário e projeto educativo. Daí a sua atualidade e grande interesse manifestado por parte dos pais e encarregados de educação.

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