A mensagem da Comissão Episcopal do Laicado e Família (CELF) para o Dia da Mãe (que se assinala a 4 de maio) recorda as palavras do Papa Francisco que convidam a ´elevar o coração’. “Neste dia, mas com repercussões para toda a vida, procuremos manifestar gratidão pelo amor materno e asseguremos às nossas mães, vivas ou falecidas, que, com elas, aprendemos e que, também nós, iremos trabalhar esta arte de elevar o coração”, escreve a CELF.
A mãe “não precisa de ser uma supermulher, desejando tudo fazer, nem pretender dar aos filhos o prazer das coisas materiais, viagens e afins. Sabe que erra, mas ousa pedir desculpa, sem medo nem ressentimentos. Oferece abraços e ternura – tudo coisas importantes e essenciais. Mas a mãe é, sobretudo, a heroína que eleva o coração do marido, dos filhos, dos netos, hoje, amanhã e sempre, nos momentos de alegria, assim como na angústia e na tempestade. A força do seu coração chega a todos, impercetivelmente ou com gestos, silenciosamente ou com palavras”, refere e mensagem.
Os bispos portugueses recordam “as mães maltratadas ou desprezadas”, as “que perderam um filho”, as “que vivem sem aconchego”, as “que sentem solidão”, as “cansadas e sem amparo”, quer seja na velhice ou na juventude. “Saibamos mostrar-lhes que todo o seu empenho em elevar o coração não ficará sem recompensa”, refere a mensagem.
Os bispos recordam também as palavras do cardeal Tolentino Mendonça quando diz que “a coisa no mundo mais parecida com os olhos de Deus são as mães “e convidam a “parar para pensar e reconhecer que a esperança acontece quando a semeamos”, sobretudo “nos circuitos da vida familiar”.
“A família é o espaço privilegiado para sentir e vivenciar as mais variadas interpelações. Ela é, na verdade, o primeiro campo onde cada membro se deve tornar um cultivador diligente desta semente da esperança”, lê-se na mensagem.
Os bispos recordam que “em muitos espaços familiares, a esperança não é cultivada e, muito menos, oferecida”. Em Ano Jubilar, a CELP apela a todos os membros da família para que sejam “´cultivadores diligentes da semente do Evangelho´, de modo a fermentar quotidianamente a humanidade”.
Para os responsáveis da Comissão Episcopal do Laicado e Família “não basta desejar um mundo melhor; é preciso começar pelo nosso próprio lar, fazendo dele um lugar onde a esperança possa florescer”.
IM
Foto: Pixabay