Balanço da vivência do Centenário de Ordenação Sacerdotal do Pe. Joaquim Alves Brás

Foram três anos de celebrações e iniciativas. Coordenadoras dos vários Centros das Cooperadoras da Família espalhadas pelo país e além-fronteiras fazem o balanço da celebração do Centenário de Ordenação Sacerdotal do Pe. Joaquim Alves Brás.

No passado dia 19 de julho completaram-se 100 anos sobre a Ordenação Sacerdotal do Pe. Joaquim Alves Brás. Mas a caminhada começou três anos antes e contou com uma Peregrinação à Guarda, cidade berço das Obras do Pe. Brás; dois Fóruns sobre a Família; dois Retiros para Famílias; uma largada de balões a 19 de julho de 2024, para assinalar o início do Ano Jubilar; uma Peregrinação a Donas, no concelho do Fundão, paróquia onde o Pe. Alves Brás foi pároco durante cinco anos, e um Congresso intitulado “Atravessados pelo Amor e pela Esperança – Cuidar as famílias com(o) o Pe. Brás”.  A 20 de julho deste ano, a Peregrinação da Família Blasiana encerrou em Fátima as celebrações. Celebrações que ao longo de três anos marcaram a vida dos vários Centros das Cooperadoras da Família espalhados pelo país e além-fronteiras. O Jornal da Família pediu às Coordenadoras de cada um dos Centros que fizesse o balanço desta vivência trienal.

Alice Cardoso, Centro de Fátima

Em Fátima, e sobretudo no Lar Betânia, o Jubileu do Centenário do Pe. Brás foi vivido na simplicidade, na alegria e no envolvimento em todas as iniciativas, mas também foi emergindo no dia a dia. Realço aqui o envolvimento de todos os colaboradores, utentes e familiares dos nossos utentes.

Um dos trabalhos que nos deu mais gosto fazer, foi a construção conjunta de um coração com pequenas rosetas feitas em tricot, exposto depois na exposição que esteve patente durante o Congresso e durante a Peregrinação, em Fátima. Esse trabalho expressou a união desta grande Família que continua a perpetuar o carisma do Pe. Brás no apoio que dá às famílias.

Ermelinda Cardoso, Centro da Estrela/Lisboa

Estes três anos foi um ir às raízes, um fortalecer a comunhão com o nosso fundador. Todo o grupo foi envolvido, desde as Cooperadoras mais novas até às mais idosas, bem como o envolvimento dos alunos da Escola ASAS. Foram momentos marcados pela intergeracionalidade em que jovens alunos se juntaram aos idosos do Lar para realizarem o trabalho que o Centro da Estrela levou à exposição. Muitos dos jovens da Escola ASAS estiveram também presentes nas nossas atividades e ajudaram a concretizá-las. Foi muito bonito de ver essa disponibilidade dos jovens.

No fundo, foram três anos a alargar horizontes para dar a conhecer o nosso Fundador o que, no futuro, aumenta a responsabilidade da nossa missão.

Manuela Caldeira, Centro de Braga

Nós participámos em todas as iniciativas de âmbito nacional. Queria destacar alguns desses momentos. O primeiro momento foi a Peregrinação à Guarda que nos marcou muito. Foi o ir às fontes, às raízes do nosso Fundador. Levámos um autocarro cheio de gente e esse momento marcou não só as Cooperadoras, mas marcou também todas as pessoas presentes. Depois a passagem pelo Fundão e pela paróquia de Donas, onde o Pe. Brás foi sacerdote, foi também outro momento marcante, até porque fui chamada a dar o meu testemunho e a reviver toda a minha ligação ao carisma do Pe. Brás. E, claro, não posso deixar de referir o interessante Congresso sobre a família.

A nível local, vivemos o dia do Fundador, 13 de março, no seio da paróquia onde tivemos a presença de vários sacerdotes e muitas outras pessoas. Momentos que acabaram por revitalizar a nossa presença, por alargar relações para continuarmos a ser em Braga uma casa aberta onde as pessoas se sentem bem. Como dizia o Pe. Brás “tudo o que fizerdes pela família, por pequenino que seja, é grande”.

Esmeralda Cardoso, Centro de Portalegre

 Não há palavras que possam descrever a alegria, o entusiasmo, a dedicação, o fervor com que as pessoas aderiram às iniciativas por nós propostas. As famílias foram incansáveis e estiveram sempre presentes. Os pais, as crianças, as funcionárias… foram maravilhosos.
O retiro organizado pelo Movimento por um Lar Cristão (MLC), em Portalegre, permitiu a criação de mais um núcleo de casais. Foi uma chuva de graças e de bênçãos que desceu ali sobre aquelas famílias.

Em março, as celebrações locais que assinalaram o nascimento e morte do Pe. Brás contaram com grande adesão da comunidade e tivemos connosco muitos sacerdotes e o bispo diocesano. Esperamos que todas estas vivências nos ajudem a expandir o Instituto e a criar novos seguidores do carisma do Pe. Brás.

 Conceição Valente, Centro da Guarda

Foi precisamente na Guarda que começou este triénio com a Peregrinação às origens. Um facto que fez com que estivéssemos envolvidas desde a primeira hora. E contámos sempre com a comunidade paroquial, com a comunidade local, com a nossa equipa educativa. Na largada de balões, por exemplo, envolvemos todas as crianças e famílias que deram grande colorido à praça da Sé da Guarda. Seguiu-se a Peregrinação a Donas e mais uma vez envolvemos as famílias, amigos, colaboradores para mergulharem na Vida e Ação do Pe. Brás.

A vivência do triénio coincidiu com os 25 anos de Direito Pontifício do nosso Instituto e isso também nos marcou. Sentimo-nos muito unidas umas às outras e ao nosso Fundador.

Penso que o Congresso foi um marco muito significativo para nós, para a Igreja e para as famílias. Deu-nos uma grande bagagem para a caminhada futura, para estarmos mais abertas ao Espírito Santo, sabermos o que Ele nos vai solicitar para que o nosso carisma se possa atualizar em resposta às necessidades das famílias de hoje. No fundo, foram iniciativas e celebrações que lançaram sementes. Esperamos que deem frutos.

Etelvina Covelo, Centro de Aveiro

Em Aveiro, vivemos este triénio com muito entusiasmo, com muita alegria, com muito empenho em transmitir aos outros o legado do Pe. Brás. Muitas pessoas entraram em contacto com o pensamento do Pe. Brás através das frases que acompanharam a largada de balões. Tivemos a alegria de contar com a presença do nosso bispo, D. António Moiteiro, e de muitos sacerdotes em várias iniciativas.

O ir em Peregrinação à Guarda e a Donas marcou-nos muito porque estão ali as nossas raízes, a nossa fonte onde bebemos do carisma do Pe. Brás. Nestas e em todas as iniciativas tentámos envolver os casais do MLC e o núcleo de Aveiro da Juventude Blasiana/Focos de Esperança que estiveram sempre disponíveis.

Foi um processo de evangelização e divulgação da Obra do Pe. Brás para que venha a ser mais conhecida dentro e fora da Igreja, e o carisma do cuidado da família chegue mais longe.

Maria dos Prazeres, Centro de Carcavelos

As celebrações do Centenário do Pe. Brás foram vividas com entusiamo e atitude de serviço. Coincidiram também com a celebração dos 50 anos do “Botãozinho” e da minha entrada ao serviço deste Centro. Foi também a celebração dos 25 anos de Direito Pontifício do Instituto e da presença em Cabinda, além do Jubileu da Igreja. Foram muitas celebrações, muitas iniciativas, tempos de muito trabalho, mas de muita envolvência com as famílias, com os colaboradores, com a comunidade paroquial. Tempos que deixaram marcas muito bonitas de melhor servir o Senhor e os irmãos nesta vivência de Cooperadoras da Família.

Nestes três anos conseguimos divulgar mais o carisma do Pe. Brás. Fomos às paróquias para o dar a conhecer. Havia gente que não o conhecia, outra que já tinha ouvido falar dele, mas não conhecia bem o seu legado. Foi maravilho o trabalho desenvolvido ao longo deste triénio.

Nazaré Soares, Centro do Porto

No Porto, todas as iniciativas e vivências foram vividas com muita alegria, empenho e esperança. Tentámos envolver todas as famílias que se cruzam na instituição, que são muitas: as famílias dos utentes do Serviço de Apoio ao Domicílio, do Centro de Dia, do Lar e também as colaboradoras.

Empenhámo-nos bastante em divulgar o Pe. Brás, o Instituto e a nossa própria vocação. Andámos pela zona Norte do país, fomos às comunidades paroquiais da Póvoa de Lanhoso, Famalicão, Barcelos, Alpendurada, Ermesinde… no Porto fomos a várias paróquias do centro e participámos em duas feiras vocacionais.

O envolvimento nos eventos nacionais foi muito interessante. Conto apenas o caso da celebração dos 25 anos de Direito Pontifício do Instituto, no dia 4 de janeiro, em Fátima. As Cooperadoras mais idosas, com pouca mobilidade não puderam ir, mas fizeram questão de participar através da transmissão online e quiseram também que os utentes participassem. Uma colaboradora até fez uma mesa de festa para as Cooperadoras mais velhinhas. Admirei muito esta atitude das Cooperadoras que não quiseram ficar com a alegria só para elas, mas quiseram partilhá-la e dá-la a conhecer aos outros.

Laurinda Espírito Santo, Centro de Viseu

Em Viseu, este triénio, mais concretamente, este ano, foi um ano inesquecível. Demos a conhecer o Fundador em três Arciprestados e no dia 13 de março contámos com a presença de 60 padres e o nosso bispo, D. António Luciano, um profundo conhecedor da Vida e Obra do Pe. Brás. Foi algo maravilho.

Envolvemos o MLC, a Obra de Santa Zita (OSZ) e um grupinho de pequenos Focos de Esperança que estamos a tentar dinamizar.

O Jubileu da Esperança, o Jubileu dos 25 anos de Direito Pontifício do Instituto também deixaram marcas profundas. Depois, todas as iniciativas locais e nacionais tornaram este Centenário inesquecível.

Henriqueta Monteiro, Centro de Madrid

A vivência deste triênio foi um marco muito importante na minha história, na história da vida do Instituto e no Centro das Cooperadoras em Madrid. Todo o grupo de Madrid acolheu as iniciativas, as orações, unido à Família Blasiana. As transmissões online do “Foca-te no 19” eram sempre seguidas por nós. Nem sempre conseguíamos participar presencialmente nas iniciativas nacionais.

A nível local recordo a largada de balões. Toda a nossa instituição, desde residentes, idosos, colaboradoras, crianças, pais e Cooperadoras, subimos ao terraço do 5.º andar e largámos os balões onde seguiam mensagens do Fundador. Ao Congresso também trouxemos alguns casais de Madrid.

O triénio foi um momento de reavivar e fortalecer e nossa missão, mas também de maior aproximação às famílias e uma oportunidade de dar a conhecer o nosso carisma fundacional. Foi uma vivência que nos desafia a ser mais “cooperadoras” e continuar a viver esta missão com ousadia para dar resposta aos desafios das famílias atuais.

Raquel Mota, Centro de Faro

Em Faro, vivemos com muita alegria o Jubileu do Instituto que assinalou os 25 anos de Direito Pontifício. Mas foi também com muito entusiamos que vivemos este ano o Dia do Fundador, onde contámos com a presença do nosso bispo, D. Manuel Quintas.

Ao Congresso levámos alguns casais e respetivos filhos que frequentam as nossas valências. O então diácono da diocese do Algarve, agora Pe. Bruno Valente, também esteve connosco no Congresso.

Ao longo deste triénio reforçámos a divulgação do nosso Fundador distribuindo muitas novenas de oração e participando nas atividades da paróquia. Foi um triénio para celebrar o Pe. Brás dentro das nossas casas, mas também no seio da Igreja e da sociedade. Penso que nos demos mais a conhecer.

Arminda Batista, Centro do Brasil

A nossa vivência do Centenário não foi tão intensa como em Portugal porque no Brasil temos uma realidade diferente. Nós vivemos mais a nível local e nos três encontros anuais que tivemos tentámos viver um pouco essa dimensão das celebrações.

A celebração que mais nos tocou foi a celebração dos 25 anos de Direito Pontifício. Vivemos intensamente a abertura da Porta Santa e isso tocou-nos profundamente, desde a entrega da vela até ao plantar da árvore. Isso teve um impacto muito forte em nós.

O Congresso também foi um acontecimento maravilhoso. Trouxemos um casal do Brasil para participar. Esse casal terá agora um papel muito ativo na dinamização pastoral e vocacional no nosso meio.

A nível do grupo das Cooperadoras, somos nove no Brasil, demos bastante ênfase à reflexão sobre a Vida e Obra do Pe. Brás, um homem que tanto se sacrificou, tanto trabalhou e que foi tão carismático. O seu carisma continua atualíssimo, o que faz com que tenhamos tantas frentes de trabalho para vivenciarmos esse carisma na nossa missão do dia a dia.



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