Com frequência, e se atentos à comunicação social, verificamos que tem havido uma grande onda de novos alunos estrangeiros nas escolas. As turmas integram alunos de várias nacionalidades, o que promove uma diversificação cultural muito grande, mas ao mesmo tempo importante para uma melhor aprendizagem das realidades do mundo. Formam-se novas amizades, apreendem-se novos costumes e aprendem-se novas línguas.
Na maior parte das escolas as aulas são lecionadas em português o que talvez dificulte um pouco as aprendizagens daqueles que têm uma outra língua materna. É aqui que entra em campo uma preciosa atitude dos colegas portugueses: ensinar a compreender e falar o português. Esta atitude é uma mais-valia para a integração e para as aprendizagens e, ao mesmo tempo, um gesto de amizade. Na família, este voluntariado linguístico deverá estar em realce e até mesmo ser elogiado. Todos sabemos o quanto uma língua é importante no que respeita à comunicação entre as pessoas.
As escolas oferecem aulas acrescidas de Língua Portuguesa para estes jovens de outros países, no entanto é com os colegas que eles aprendem mais. Estimular este hábito pode fazer parte de alguns projetos de cidadania. Os alunos estão muito recetivos e atentos a estas situações pontuais, que muito dignificam a qualidade da Educação em Portugal.
A multiculturalidade educativa começa em casa com discursos positivos e promotores de bem-estar relacional. Posteriormente, refletem-se também na escola, nos ambientes e atividades educativas promovidas pelos diversos projetos integradores e culturais.
O exemplo de casa é muito importante para se crescer bem e se formarem sociedades positivas e atentas à diversidade cultural. A comunidade educativa agradece.
Ensinar a língua que falamos a quem não a sabe é permitir uma melhor comunicação entre todos.
Bons resultados!
Goretti Valente
Artigo da edição de fevereiro de 2025 do Jornal da Família
Foto ilustrativa: Pixabay